Aumento do aluguel faz 40% dos inquilinos de MG planejarem mudança

Foto de vários imóveis em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Você sabia que 40% dos inquilinos mineiros estão planejando se mudar? Pois é, o preço do aluguel tem deixado muita gente repensando onde morar. 

E, no topo da lista de motivos, estão a busca por mais espaço e os preços elevados, que estão pesando no bolso da população.

Enquanto o aumento do custo de vida impacta diretamente no orçamento das famílias, a busca por imóveis mais acessíveis ou com mais espaço tem se tornado uma prioridade.

Neste artigo, vamos explorar as principais razões por trás desse aumento, as tendências de comportamento dos inquilinos e o impacto dessa mudança no mercado imobiliário mineiro.

Além disso, você vai entender como o setor está se adaptando a essas novas demandas e o que gestores imobiliários podem fazer para atender a esse público cada vez mais exigente.

Assuntos que você irá encontrar: 

Menos impostos na venda de imóveis? Entenda o novo programa

O mercado imobiliário no Brasil acaba de ser impactado por um novo projeto de lei que propõe a atualização de bens, oferecendo um benefício fiscal interessante para quem deseja regularizar seus imóveis ou veículos

Embora a medida possa parecer vantajosa à primeira vista, é importante entender suas restrições para saber se ela realmente vale a pena.

O Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp) foi aprovado na Câmara e está aguardando a análise do Senado, além de precisar da sanção do presidente Lula e regulamentação pela Receita Federal. 

O programa visa reduzir o imposto sobre o ganho de capital, com uma alíquota de 4% para pessoas físicas e 8% para empresas.

Atualmente, o imposto sobre ganho de capital pode chegar a 22,5% para pessoas físicas, mas com o novo regime, essa alíquota poderá ser bem menor, o que atrai quem deseja atualizar o valor de imóveis ou veículos. 

No entanto, para receber o benefício o contribuinte deverá manter a posse do bem por cinco anos (no caso de imóveis) ou dois anos (para veículos), tanto no Brasil quanto no exterior.

E o que acontece se eu vender antes? Se o bem for vendido antes do prazo estabelecido, o contribuinte precisará pagar o valor total do imposto, com deduções apenas para o que já tiver sido antecipado.

Aqui estão alguns detalhes que você deve prestar atenção: 

  1. Bens declarados: a atualização só é válida para bens adquiridos até dezembro de 2024;
  2. Possibilidade de parcelamento: o pagamento do imposto pode ser parcelado em até 24 vezes;
  3. Imóveis de menor valor: já existe uma isenção para a venda do único imóvel de até R$440 mil ou quando o dinheiro da venda é reinvestido em outro imóvel residencial dentro de 180 dias, sem limite de valor.

Regularização de bens não declarados

Além de atualizar bens com impostos menores, o programa também permite regularizar bens não declarados ao Fisco, mediante o pagamento de uma tributação de 30%, que inclui imposto e multa. 

Isso é uma oportunidade para quem precisa ajustar a documentação dos bens sem sofrer sanções criminais tributárias.

Para quem não pretende vender rapidamente, o Rearp pode ser uma excelente oportunidade de atualizar o valor de imóveis e veículos a uma taxa mais baixa, permitindo uma atualização de valor de mercado sem grandes custos. 

Porém, é essencial analisar com cuidado a viabilidade da adesão ao programa, especialmente com relação ao prazo de alienação e os impactos no patrimônio.

Em resumo, se você tem imóveis ou veículos e não pretende se desfazer deles no curto prazo, o programa de atualização patrimonial pode representar uma grande vantagem. 

No entanto, como qualquer decisão fiscal, é fundamental contar com a orientação de um especialista para entender os benefícios reais e os possíveis desafios.

Aumento do aluguel faz 40% dos inquilinos de MG planejarem mudança

Você sabia que quase metade dos inquilinos de Minas Gerais está pensando em se mudar nos próximos meses? 

Segundo uma pesquisa realizada por duas empresas do setor, 40% dos mineiros pretendem trocar de imóvel em breve. O levantamento também apontou que a principal razão para isso é a necessidade de mais espaço. 

Um total de 21% dos entrevistados mencionaram que desejam um imóvel maior, um número mais alto entre as mulheres (26%), em comparação com os homens (16%). 

O desejo de mais espaço está em sintonia com a tendência nacional, onde 20% dos inquilinos querem casas ou apartamentos maiores.

Mas não é só isso. O aumento no preço do aluguel também está afetando diretamente os inquilinos mineiros. 

O estudo revelou que 19% dos entrevistados citaram os valores elevados como motivo para quererem sair de seus imóveis atuais, um índice acima da média nacional, que é de 14%.

A pesquisa também trouxe dados interessantes sobre os planos de quem pretende mudar, visto que 60% dos inquilinos que querem se mudar ainda planejam continuar morando de aluguel. 

Já 40% deles têm a intenção de adquirir a casa própria. Além disso, enquanto 52% das mulheres planejam comprar um imóvel, 72% dos homens preferem continuar alugando.

Quando o assunto é o valor do novo imóvel, 39% dos mineiros buscam opções mais baratas, enquanto 48% planejam manter a mesma faixa de preço. 

Apenas 13% estão dispostos a pagar mais pelo novo imóvel, refletindo uma mudança no comportamento dos consumidores diante da inflação e do aumento no custo de vida.

A pesquisa revela que, enquanto o mercado de aluguel continua em alta, a busca por mais opções de imóveis e a pressão por preços acessíveis devem influenciar a dinâmica do setor. 

Para os gestores imobiliários, entender essas tendências é essencial para oferecer as melhores opções aos inquilinos e futuros compradores. 

Com base nesses dados, é possível ajustar estratégias e atender às demandas de um público cada vez mais exigente e consciente.

Corretores com mais de 60 anos ganham destaque no mercado imobiliário

Corretora de imóveis com mais de 60 anos apresentando imóvel para jovem casal.

A população brasileira está envelhecendo, mas isso não significa que estão desacelerando. 

Pelo contrário, essas pessoas estão cada vez mais ativas, buscando novas oportunidades e explorando o mercado de trabalho de formas inovadoras. E o setor imobiliário está abraçando essa mudança de braços abertos.

Segundo o Censo Demográfico de 2022, o Brasil já tem 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,8% da população. 

Um estudo do Grupo OLX mostra que esse público já representa 20% dos corretores de imóveis do Brasil, um aumento de 4% desde 2019.

Esses profissionais trazem uma bagagem de conhecimento, rede de contatos e experiência que são supervalorizados no mercado.

O setor imobiliário tem crescido, e com isso, mais profissionais na faixa etária dos 60 anos estão aproveitando a flexibilidade dessa carreira, que ainda oferece um bom retorno financeiro. 

Em 2024, por exemplo, o Brasil registrou cerca de 580 mil corretores de imóveis, com um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

Com o mercado de imóveis sempre aquecido, principalmente com programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, e a facilidade de trabalhar com plataformas digitais, o setor tem atraído uma boa parte dessa galera mais experiente. 

Além disso, a flexibilidade de horários, junto com a possibilidade de trabalhar de onde quiser, torna a profissão ainda mais atraente.

O mais legal dessa mudança é ver como os corretores mais velhos estão ganhando espaço no setor. 

Eles não só estão ocupando o segundo grupo etário mais representativo entre os corretores, mas estão mostrando como a experiência e o conhecimento local são fundamentais para entender as necessidades dos clientes.

Bancos recuperam 98% do valor devido em empréstimos imobiliários

A alienação fiduciária tem sido uma grande aliada para resolver pendências de dívidas no setor imobiliário. 

Nos últimos três anos e meio, o sistema garantiu a recuperação de 98,2% dos valores devidos em empréstimos registrados em cartórios, um verdadeiro sucesso, segundo o Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR).

Mas como funciona? No modelo de alienação fiduciária, o devedor continua morando no imóvel e pode usá-lo, mas o credor passa a ser o "dono legal" e quando a dívida é quitada, a propriedade volta totalmente para o devedor.

Se o pagamento não acontecer, o banco pode tomar o imóvel de volta e vendê-lo para abater a dívida, conforme a Lei nº 9.514, de 1997.

De janeiro de 2022 até agosto de 2025, os bancos solicitaram mais de 1 milhão de ações de execução da alienação fiduciária

A recuperação das dívidas atingiu a marca de R$125 bilhões, e esse valor é só do que não foi pago ainda, sem contar o valor total do financiamento.

Nos números, em 2022, foram quase 235 mil pedidos de execução e R$17 bilhões recuperados. Já em 2024, esse número subiu para mais de 300 mil pedidos, com R$51 bilhões recuperados. 

Mesmo em 2025, com a continuidade da crise, os bancos já conseguiram recuperar mais de R$22 bilhões.

A Lei da Alienação Fiduciária prevê que, se o devedor atrasar o pagamento por três meses, o banco deve acionar o cartório de imóveis para formalizar a cobrança. Depois disso, o devedor tem 15 dias úteis para regularizar a situação, ou o banco fica com a propriedade do bem.

Desses R$125 bilhões que os cartórios ajudaram a recuperar, R$15 bilhões foram obtidos por meio de leilões de imóveis. O restante, R$88,8 bilhões, foi recuperado por meio da cobrança extrajudicial, sem necessidade de leilão.

Especialistas explicam que a garantia da alienação fiduciária é o que torna esse modelo de financiamento tão eficiente. 

Antigamente, com a hipoteca, o devedor podia enrolar o processo por anos, sem pagar. Já com a alienação fiduciária, o devedor tem menos espaço para "escapar" e é mais pressionado a quitar a dívida.

Além disso, os dados mostram que a inadimplência caiu muito desde que a alienação fiduciária foi adotada

Em 2005, a inadimplência era de 8,5%, mas hoje está em apenas 0,9%. Isso significa mais segurança para o setor, mais confiança dos bancos e, claro, um mercado mais dinâmico.

Em resumo, a alienação fiduciária trouxe uma maneira mais eficiente e segura de recuperar créditos imobiliários. 

E com a segurança jurídica dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o modelo só tende a crescer.

Saída de estrangeiros cria novas oportunidades em imóveis comerciais

A saída de investidores estrangeiros do mercado imobiliário brasileiro pode abrir portas para boas oportunidades de preços em imóveis comerciais. 

Quem afirma isso é Adriano Sartori, CEO da CBRE no Brasil, durante evento da SPX. Ele destaca que a mudança está sendo impulsionada por investidores com menos tempo de mercado no país, que estavam com vínculos mais frágeis, e que agora buscam alocar seus recursos em outras regiões.

Segundo Sartori, o Brasil ainda tem bons fundamentos, especialmente no setor comercial, mas o cenário global está mais competitivo. 

Antes, era mais atrativo fazer investimentos no Brasil, com promessas de taxas de retorno elevadas. Porém, com a valorização do dólar, agora os investidores podem ter esse mesmo tipo de retorno nos Estados Unidos.

Apesar disso, ele acredita que o mercado brasileiro ainda apresenta boas oportunidades. 

Imóveis de logística, escritórios e hotéis estão disponíveis com preços abaixo do custo de reposição, o que pode ser vantajoso para quem busca imóveis comerciais.

Entre os bons sinais para o setor, ele aponta a queda na vacância de lajes corporativas, especialmente na Faria Lima, que caiu para 5% a 6%, o menor nível das últimas décadas. 

As empresas estão voltando ao mercado e contratando mais funcionários, e com muitos ainda trabalhando de casa, há uma grande demanda por espaços comerciais.

No setor de logística, a vacância também caiu para menos de um dígito nas principais regiões, e o setor deve bater recordes de absorção, com 6 milhões de metros quadrados sendo alugados ainda em 2025, superando os níveis de antes da pandemia.

E como fica o mercado hoteleiro?

O mercado hoteleiro, por sua vez, já está superando os números pré-pandêmicos, com a taxa de ocupação chegando a 67%, impulsionada pelo aumento de eventos corporativos em todo o Brasil.

Sartori também destaca que, apesar da saída de investidores estrangeiros, o mercado brasileiro tem sido sustentado pela expansão dos fundos imobiliários. 

Esses fundos estão encontrando alternativas para levantar capital, mesmo com os juros altos, e os números de 2025 já mostram um volume de negócios de R$16 bilhões, com mais R$14 bilhões em diligência, totalizando R$30 bilhões, um valor que deve superar o ano passado.

Ele ainda aponta que, quando o investidor estrangeiro se afasta, é comum que os family offices, aqueles fundos privados, voltem a olhar para o Brasil

Com isso, há uma movimentação para aproveitar as boas oportunidades no mercado, especialmente considerando a possível queda dos juros no ano que vem. 

Se o cenário mudar, a falta de imóveis e a escassez de entregas no setor hoteleiro podem gerar novas pressões no mercado. 

Em resumo, o mercado imobiliário brasileiro segue se ajustando, mas quem estiver atento pode encontrar boas oportunidades, principalmente nos setores de escritórios, logística e hotelaria. 

Com a queda da vacância e a retomada das contratações, a tendência é que os preços subam, especialmente para quem aproveitar os imóveis que estão abaixo do custo de reposição. 

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