Novo projeto transforma a Gávea com foco em moradia estudantil

Imagem da PUC-Rio, região que irá receber a nova moradia estudantil na Gávea.

A moradia estudantil está ganhando um novo protagonismo no mercado imobiliário, e isso não é por acaso. 

Com o aumento no número de estudantes que precisam deixar suas cidades para estudar, cresce também a demanda por imóveis compactos, bem localizados e funcionalmente pensados para a rotina acadêmica. 

Toda essa movimentação já começou a mexer com bairros tradicionais, como a Gávea, na capital carioca, que se prepara para receber um lançamento totalmente voltado especialmente para esse público.

Além disso, nos últimos dias, o mercado imobiliário também trouxe discussões importantes envolvendo plataformas de hospedagem, mudanças no comportamento dos inquilinos brasileiros, atualizações no uso do FGTS e até o boom das kitnets mobiliadas em Fortaleza. 

Neste artigo, você confere todas as novidades do mercado imobiliário e se mantém atualizado sobre tudo que está acontecendo no Brasil e no mundo. 

Assuntos que você irá encontrar: 

Airbnb e Booking lucram com arrendamento irregular em área indígena

As plataformas de hospedagem Airbnb e Booking estão lucrando com as taxas de serviço sobre as diárias de casas de praia localizadas em território indígena arrendado de maneira irregular ao lado de Caraíva, um dos destinos turísticos mais badalados da Bahia. 

A situação envolve, principalmente, a Aldeia Xandó, que está dentro da Terra Indígena Barra Velha, homologada em 1991.

Com o aumento do fluxo turístico em Caraíva, a Aldeia Xandó viveu uma intensa expansão imobiliária nos últimos anos. 

No entanto, esse crescimento aconteceu de forma ilegal e os indígenas da etnia Pataxó, moradores da aldeia, venderam e arrendaram lotes da terra, o que é uma prática proibida por lei.

De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, as plataformas oferecem ao menos 60 acomodações em terras da Aldeia Xandó.

Quatro anfitriões ouvidos pela reportagem confirmaram que arrendam terrenos para a exploração turística, incluindo terrenos pertencentes a não indígenas, que compraram lotes na região.

Quando procurada, a Booking afirmou que está investigando a situação e que vai colaborar com as autoridades competentes para tomar as devidas providências. 

A plataforma também disse que, dependendo do que encontrar, pode até remover as propriedades da plataforma. 

A empresa, em nota, reforçou que todos os anunciantes devem garantir que possuem as permissões legais para alugar os imóveis e que estão em conformidade com as leis locais.

Já o Airbnb afirmou que cumpre a legislação vigente e, apesar de não ser responsável pela intermediação das reservas ou pela gestão das acomodações, garantiu que a empresa não foi formalmente comunicada sobre a existência de irregularidades nos imóveis anunciados na plataforma.

O arrendamento de terras indígenas é proibido pelo Estatuto do Índio, de 1973, e pela Lei 14.701, sancionada pelo presidente Lula em 2023. 

Essa nova lei permite cooperação com não indígenas para a realização de atividades econômicas, mas desde que os frutos dessas atividades sejam benéficos para toda a comunidade indígena e que os contratos sejam registrados na Funai.

Em resposta, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) reforçou que a prática de venda e arrendamento de terras indígenas é ilegal e afirmou que está buscando uma solução mediada com os indígenas para resolver a questão. 

Em uma nota, o ministério reiterou que a Constituição Federal de 1988 já proíbe essa prática e que, em situações como a do Xandó, o papel da pasta é trabalhar com as comunidades para garantir sua autonomia territorial e segurança.

41% dos inquilinos brasileiros planejam se mudar em breve, diz estudo

Uma pesquisa realizada por duas empresas do setor imobiliário revelou que 41% dos inquilinos brasileiros planejam se mudar nos próximos meses. 

O estudo, intitulado “Raio-X do aluguel no Brasil”, entrevistou 1.300 pessoas em todas as regiões do país entre 26 de setembro e 6 de outubro de 2025.

O desejo de mudança é mais forte entre os jovens, já que 47% dos entrevistados entre 18 e 24 anos afirmaram que pretendem trocar de imóvel. Para as pessoas com 45 anos ou mais, esse número cai para 37%.

Em outras palavras, o desejo de mudar de imóvel está muito ligado à fase da vida. Os mais jovens buscam novos ciclos, enquanto as famílias mais maduras tendem a priorizar a estabilidade.

Espaço e preço do aluguel lideram motivos para mudança

Os principais motivos que levam os inquilinos a buscar um novo imóvel são o espaço e o valor do aluguel. 

O desejo de encontrar um imóvel maior foi citado por 20% dos entrevistados, sendo que 25% das mulheres mencionaram esse fator, contra 14% dos homens. 

Essa diferença pode ser explicada pelo fato de que 57% das mulheres vivem com filhos, enquanto 45% dos homens moram com crianças, segundo a pesquisa.

Já o preço do aluguel é o segundo principal motivo para a mudança, com 14% dos entrevistados apontando esse fator. 

Entre os inquilinos que planejam se mudar, 43% buscam imóveis mais baratos, 48% pretendem permanecer na mesma faixa de preço e 9% estão dispostos a pagar um valor mais alto. 

Além disso, a busca por locais mais tranquilos também foi citada por 14% dos participantes.

Para chegar nesses resultados, foram realizadas 1.300 entrevistas online com pessoas de 18 anos ou mais, de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

Financiamentos antigos não entram no novo teto do FGTS

Corretor de imóveis explicando para cliente como funciona o novo teto do FGTS para financiamentos.

O reajuste do teto do valor dos imóveis que podem usar recursos do FGTS trouxe uma ampliação importante para o mercado, mas também criou um impasse que já mobiliza bancos e especialistas. 

A partir de 10 de outubro de 2025, imóveis de até R$2,25 milhões passaram a ser financiados dentro das regras do SFH, o que amplia o uso do FGTS em mercados onde o antigo limite de R$ 1,5 milhão já não fazia sentido, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Apesar da atualização, a nova norma deixou de fora todos os financiamentos contratados entre 12 de junho de 2021 e 9 de outubro de 2025. 

Na prática, quem financiou imóveis acima de R$1,5 milhão nesse período não pode usar o FGTS para amortizar ou quitar o saldo devedor. 

Como esses contratos foram firmados sob o teto antigo e o governo decidiu não aplicar o novo limite de forma retroativa, eles não podem migrar para o valor maior,  mesmo que hoje o imóvel esteja dentro da faixa atualizada.

Esse cenário criou um limbo regulatório que levou bancos e entidades do setor a pressionarem o governo. 

As instituições defendem que permitir o uso do FGTS nesses contratos aumentaria a liquidez das carteiras, reduziria o risco de inadimplência e daria mais segurança financeira ao comprador, especialmente em um momento de juros elevados. 

A questão será reavaliada em reunião extraordinária do Conselho Curador do FGTS, marcada para o dia 26.

Contratos mais antigos podem ser reenquadrados no SFH

Enquanto os contratos de 2021 a 2025 ficaram travados, financiamentos assinados antes de 11 de junho de 2021 tiveram outro desfecho. 

Muitos deles, inclusive aqueles originalmente enquadrados no SFI, que não permitia o uso do FGTS, agora podem migrar para o SFH, desde que o imóvel passe por nova avaliação e cumpra as regras atuais. 

Essa possibilidade abre caminho para mais famílias usarem o fundo, especialmente as que ganham entre R$12 mil e R$20 mil, que passam a ter acesso a imóveis compatíveis com sua renda.

Segundo a Caixa, os critérios principais continuam válidos, ou seja, é necessário ter pelo menos três anos de contribuição ao FGTS, não possuir outro financiamento ativo no SFH e garantir que o imóvel seja residencial urbano destinado à própria moradia

Mesmo sem mudanças nesses pontos, especialistas acreditam que o novo teto deve estimular a demanda e antecipar compras em regiões onde o antigo limite já travava negociações.

Como funciona o processo para utilizar o FGTS

Para quem deseja usar o FGTS na compra, amortização ou abatimento de parcelas, o processo é simples. 

O primeiro passo é consultar o saldo disponível no aplicativo do FGTS. Depois, basta reunir os documentos pessoais, comprovantes de trabalho e dados do imóvel para solicitar a operação diretamente ao banco que financia o contrato. 

A instituição faz a análise, valida o pedido com a Caixa e executa a operação conforme a modalidade escolhida.

Kitnets mobiliadas atraem fila de espera em Fortaleza

As kitnets mobiliadas viraram febre em Fortaleza. Pequenas, práticas e já equipadas com tudo que o morador precisa, elas estão atraindo desde jovens profissionais até quem busca um cantinho temporário na cidade. 

O resultado disso são listas de espera em vários empreendimentos da capital cearense.

No Meireles, por exemplo, um dos bairros mais caros da capital, as unidades de 15 m² a 25 m² vivem ocupadas. 

Entre os empreendimentos se destacam kitnets em prédio antigos reformados e até mesmo kitnets feitos em contêineres. 

Com aluguel médio na casa dos R$2 mil, incluindo água, internet e até IPTU, muita gente vem optando pelo combo pouco espaço e muita praticidade. 

Para os investidores, a conta também fecha. Em vez de um apartamento grande rendendo pouco, dividir o espaço em várias kitnets costuma ser mais lucrativo. 

E como a procura é alta, a rotatividade é baixa, alguns empreendimentos chegam a ter fila de espera o ano inteiro.

O que explica o boom das kitnets?

Além do preço mais em conta nos bairros desejados, o “estilo compacto” conversa com a vida moderna: morar perto de tudo, ter custos previsíveis e zero dor de cabeça com mobília

Para quem passa o dia fora, o tamanho não pesa tanto quanto a localização.

Outro ponto é que as kitnets acompanharam a lógica das grandes cidades, com unidades menores, móveis planejados, lavanderias compartilhadas e espaços coletivos. 

Um modelo que funciona para estudantes, jovens adultos e até casais, especialmente em regiões turísticas como Beira-Mar e Praia de Iracema.

Novo projeto transforma a Gávea com foco em moradia estudantil

A Gávea, um dos bairros mais tradicionais da Zona Sul do Rio de Janeiro, é conhecida por ser uma região charmosa, arborizada e casa da PUC-Rio. 

No entanto, mesmo abrigando uma das universidades mais tradicionais do país, o bairro nunca conseguiu acompanhar o movimento natural de outros polos universitários. Ou seja, criar oferta de moradias compactas e funcionais voltadas para estudantes. 

Enquanto regiões como Maracanã, Fundão e Seropédica desenvolveram verdadeiros corredores de unidades pequenas e acessíveis, a Gávea seguiu presa ao padrão de imóveis amplos, familiares e caros.

Só que nos últimos anos o cenário mudou e a PUC, antes composta majoritariamente por alunos que já viviam na Zona Sul, agora recebe cada vez mais estudantes do interior, da Região Metropolitana e até de outros países.

Para esse público, morar perto da universidade deixou de ser um luxo e virou necessidade, e uma pesquisa realizada pelo Inep confirma essa realidade:

30% dos quase 5 milhões de estudantes presenciais do Brasil precisam sair de suas cidades para estudar.

A grande questão em discussão aqui é que a Gávea nunca procurou se estruturar para receber esse público.

O lançamento que promete virar essa página

Nesse contexto, surgiu o Gaví, um empreendimento que visa atender a demanda reprimida por moradias compactas e bem localizadas. 

O projeto fica na Marquês de São Vicente, bem em frente à PUC, e apresenta algo quase inédito no bairro: estúdios modernos e funcionais pensados para estudantes e jovens profissionais.

Além da localização estratégica, o momento também favorece o lançamento. A nova estação de metrô da Gávea, aguardada há mais de dez anos, entrou na fase final de obras e deve transformar completamente a mobilidade local. 

O terreno escolhido, com quase 3.800 m², é um achado na Zona Sul. No centro dele, um casarão histórico que por muito tempo gerou preocupação entre moradores e estudantes, que temiam sua demolição. 

O destino, porém, foi o oposto disso e o casarão foi preservado, restaurado e integrado ao projeto, mantendo sua arquitetura, seu charme e a relação afetiva com o bairro.

O Gaví contará com 189 unidades, entre estúdios de 30 m² a 43 m² e apartamentos maiores, de até 106 m² e três quartos. A fachada segue a estética contemporânea das novas construções cariocas.

O rooftop será um dos destaques, com piscina em deck e uma série de ambientes voltados para lazer e bem-estar como academia, espaços de yoga e crossfit, recovery, sauna, gourmet e lounge aberto. Tudo isso conectado ao casarão restaurado e à área verde do fundo do terreno.

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