
Cuidar dos reparos do imóvel é uma das partes mais delicadas da rotina imobiliária - e também uma das que mais geram dúvidas.
Afinal, quando surge um problema, quem deve resolver: o inquilino ou o proprietário?
Entre vazamentos, pintura descascando e aquela fechadura que decide emperrar bem na hora errada, entender como funcionam as responsabilidades e o que a Lei do Inquilinato diz sobre o assunto é fundamental para evitar conflitos e manter uma boa relação entre todas as partes.
Neste artigo, vamos esclarecer de forma prática e direta o que está previsto em lei, quais reparos cabem a cada lado e até como esses cuidados impactam na valorização do imóvel.
Assuntos que você irá encontrar:
- O que diz a nova Lei do Inquilinato sobre os reparos do imóvel?
- Quais são as responsabilidades do inquilino?
- Quais são as responsabilidades do proprietário?
- Reformas no imóvel: de quem é a responsabilidade?
- Troca de fechadura é responsabilidade do inquilino ou proprietário?
- Quais são os impactos dos reparos na valorização do imóvel?
O que diz a nova Lei do Inquilinato sobre os reparos do imóvel?
A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991) é o principal guia para entender quem deve arcar com os reparos do imóvel. E embora muita gente pense que ela é confusa, na verdade, as regras são bem diretas.
Basicamente, basta você entender que, o que é manutenção de uso do dia a dia fica com o inquilino e os problemas estruturais, com o proprietário.
A lei determina que o locador deve entregar o imóvel em boas condições de uso e garantir que ele continue assim durante todo o contrato.
Ou seja, se surgir um vazamento na tubulação antiga, infiltrações nas paredes ou defeitos elétricos, a responsabilidade é do dono do imóvel.
Já o inquilino precisa cuidar da conservação da propriedade, incluindo pequenas trocas e manutenções simples, como lâmpadas, torneiras, pintura interna e limpeza geral.
O objetivo é manter o imóvel nas mesmas condições em que foi recebido, exceto pelo desgaste natural do tempo.
Na prática, o que a lei busca é o equilíbrio, com o proprietário garantindo a estrutura e segurança do bem, e o inquilino zelando pelo uso adequado. Assim, ambos mantêm o imóvel valorizado e evitam dores de cabeça no fim do contrato.
Quais são as responsabilidades do inquilino?
Como mencionado acima, o inquilino é o responsável por cuidar do uso e da conservação do imóvel durante o contrato.
Em outras palavras, isso quer dizer que ele deve zelar pelo bem como se fosse seu, realizando pequenos reparos e manutenções que surgem no dia a dia.
Entre as obrigações mais comuns estão trocar lâmpadas, consertar torneiras com vazamento, manter o imóvel limpo e em boas condições, além de pintar as paredes internas quando necessário.
Essas são ações que fazem parte do uso normal do espaço e evitam que pequenos problemas se tornem maiores do que deveriam ser.
Outra regra importante é devolver o imóvel nas mesmas condições em que foi entregue, levando em conta apenas o desgaste natural do tempo.
Por exemplo: se o piso ficou riscado por mau uso, o inquilino precisa reparar, mas se o tom da pintura desbotou com o sol, isso entra como desgaste natural e, portanto, é responsabilidade do proprietário.
Cuidar bem do imóvel é também uma forma de manter uma boa relação com o proprietário e com a imobiliária.
Afinal, quem zela pelo espaço mostra responsabilidade e evita discussões desnecessárias no encerramento do contrato.
Quais são as responsabilidades do proprietário?
Se o inquilino cuida do uso cotidiano, o proprietário é quem deve garantir que o imóvel esteja em boas condições estruturais.
A Lei do Inquilinato é bastante transparente quanto à isso: o locador precisa entregar o imóvel em perfeito estado de uso e mantê-lo assim ao longo do contrato.
Ou seja, o imóvel deve ser entregue ao locador sem vazamentos, infiltrações, problemas elétricos ou estruturais. Se algo assim aparecer durante o período de locação, o conserto é por conta do proprietário, visto que envolve a estrutura do imóvel.
Também é responsabilidade do dono resolver problemas que impeçam o uso do espaço, como um cano estourado ou uma fiação que deu curto.
Nessas situações, o ideal é agir rápido e, se o inquilino ainda estiver morando no local, alinhar o reparo junto à imobiliária para evitar transtornos.
No fim das contas, cuidar bem do imóvel não é só uma questão de dever, mas também de valorizar o próprio patrimônio.
Até porque um imóvel bem cuidado atrai bons inquilinos, reduz a vacância e se mantém competitivo no mercado, o que é bom para todos os lados.
Reformas no imóvel: de quem é a responsabilidade?
Essa é uma dúvida clássica, e que causa confusão até entre os mais experientes no mercado.
Infelizmente, a resposta é aquela que não diz nada ao mesmo tempo que diz tudo. Ou seja, depende da situação.
Isso quer dizer que, se o inquilino quiser pintar uma parede para deixar o ambiente com a sua cara ou instalar uma prateleira para organizar melhor o espaço, ele pode fazer isso, desde que avise o proprietário ou a imobiliária antes.
Além disso, o ideal é que o novo sistema de travas seja devolvido em boas condições no fim do contrato, e com todas as chaves, claro.
Agora, se a troca for por defeito ou desgaste natural, o custo é do proprietário. Afinal, trata-se de um problema estrutural do imóvel, e a Lei do Inquilinato determina que o locador é responsável por garantir que tudo funcione corretamente.
O importante é manter a comunicação aberta. Quando o inquilino e o proprietário conversam antes de fazer alterações, tudo flui melhor e ninguém fica no prejuízo.
Troca de fechadura é responsabilidade do inquilino ou proprietário?

À primeira vista, trocar a fechadura é simples, não é? Mas essa é uma daquelas dúvidas que sempre geram a famosa discussão: quem deve pagar?
Se o inquilino quiser trocar por segurança, conforto ou até praticidade, como instalar uma fechadura digital, por exemplo, ele pode fazer isso, sim.
No entanto, o ideal é avisar o proprietário ou a imobiliária antes de qualquer mudança. E no fim do contrato, o imóvel deve ser devolvido em boas condições, com todas as chaves e senhas atualizadas.
Agora, se a fechadura estiver com defeito, travando ou apresentando desgaste natural, a responsabilidade é do proprietário. Isso porque o problema não foi causado pelo uso indevido, mas sim pelo tempo.
Nesses casos, a Lei do Inquilinato garante que o dono deve manter o imóvel em pleno funcionamento.
Em resumo, se o motivo for pessoal, o custo é do inquilino e se for problema de manutenção, o reparo é do proprietário.
E, como sempre, o diálogo é a melhor solução, uma conversa rápida com a imobiliária pode evitar muita dor de cabeça depois.
Quais são os impactos dos reparos na valorização do imóvel?
Se você trabalha com o mercado imobiliário já sabe que manter o imóvel em boas condições não é só uma questão de estética, é também um investimento direto na valorização do patrimônio, certo?
Ou seja, reparos e manutenções periódicas ajudam a preservar o valor de mercado, atrair mais interessados e reduzir o tempo que o imóvel fica parado, seja para venda ou locação.
Imóveis bem cuidados transmitem confiança, segurança e até afeto. Um ambiente limpo, pintado e com instalações em dia tende a causar uma ótima primeira impressão, e isso faz toda a diferença na decisão de compra ou aluguel.
Portanto, trocar um piso danificado, pintar as paredes ou revisar a parte elétrica e hidráulica pode parecer detalhe, mas são justamente esses pontos que fazem o imóvel se destacar.
Essas melhorias também reduzem custos futuros com manutenção, além de transmitir uma imagem de zelo, o que dá mais segurança tanto para o corretor na hora da venda quanto para o inquilino que busca um espaço pronto para morar.
Como os reparos influenciam o interesse dos compradores
Não é nenhuma novidade que um imóvel com aparência de “novo” naturalmente desperta mais interesse em possíveis compradores ou até mesmo inquilinos. Afinal, as pessoas estão dispostas a pagar mais por um local que não exija reformas imediatas.
Para o corretor, isso representa um ciclo de negociação mais rápido e com margens melhores.
Além disso, imóveis bem conservados costumam ter um público mais qualificado, já que atraem quem valoriza conforto, segurança e praticidade. Isso quer dizer que, investir em manutenção é também investir em um público mais engajado.
O papel dos gestores e corretores nesse processo
Corretores e gestores imobiliários têm papel estratégico aqui, já que eles são os principais responsáveis por orientar o proprietário sobre quais reparos realmente fazem diferença no valor final.
Muitas vezes, um ajuste simples, como trocar maçanetas, revisar o rejunte ou melhorar a iluminação, já ajuda a transformar a percepção do imóvel.
Essa consultoria proativa agrega valor à negociação e fortalece o relacionamento com o cliente, mostrando que o corretor entende o mercado e sabe o que realmente importa para o comprador ou inquilino.
Em resumo, reparar é também valorizar. Um imóvel bem cuidado não apenas mantém seu valor, ele tem a capacidade de ser multiplicado.
E no mercado imobiliário, onde cada detalhe conta, investir em manutenção é uma das formas mais inteligentes de garantir retorno financeiro e credibilidade.
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