Aluguel dispara em bairros brasileiros e alta chega a 74%

Corretores imobiliários em reunião falando sobre a alta dos aluguéis em bairros brasileiros.

O mercado imobiliário está de olho nos bairros brasileiros (e não por acaso). No segundo trimestre de 2025, o preço dos aluguéis disparou em várias regiões, com aumentos que chegaram a 74% em apenas três meses

Mas essa não é a única movimentação importante do setor.

Enquanto alguns bairros se valorizam rapidamente, outras notícias também merecem atenção.

Os custos de construção na América Latina podem mudar com as tarifas de Trump, a Caixa promete injetar bilhões no crédito imobiliário ainda este ano, e investidores brasileiros estão de olho em oportunidades de short stay em Miami.

Quer entender o que tudo isso significa para o mercado imobiliário e onde estão as melhores oportunidades? Continue a leitura!

Assuntos que você irá encontrar: 

Construções na América Latina está em risco com tarifas de Trump

Você sabia que a América Latina continua atraindo olhares de investidores do setor de construção? Isso ocorre, principalmente, pelos custos mais baixos em comparação a outros mercados globais.

Essa é uma das conclusões do estudo Global Construction Market Intelligence (GCMI) 2025, da consultoria Turner & Townsend, presente em 99 mercados pelo mundo.

E o Brasil se destaca nesse cenário, com o Rio de Janeiro sendo um dos destinos mais baratos da região, com custo médio de US$1.413/m², enquanto São Paulo aparece com US$1.454/m². 

Mas quem lidera o ranking dos mais baratos é Bogotá, na Colômbia, com apenas US$1.265/m².

Para você ter uma ideia do contraste, cidades como Nova York, que tem o preço médio de US$5.744/m², e São Francisco, tendo o m² a US$5.504, seguem no topo mundial dos custos mais elevados.

Mas as tarifas de Trump podem mudar esse cenário

As tarifas comerciais impostas pelo governo Donald Trump em produtos como aço, alumínio e madeira processada, essenciais para o setor de construção, perderam competitividade no mercado americano. 

O impacto direto é uma sobra desses materiais nos mercados locais, o que pode pressionar preços, gerar inflação setorial e, no médio prazo, encarecer os custos de construção em vários países latino-americanos.

No Brasil, por exemplo, o cenário é duplo: se por um lado há risco de retração nas exportações e aumento nos preços, por outro, pode haver fortalecimento da produção interna e busca por novos mercados. 

Já no México, mais dependente de materiais importados, a Turner & Townsend projeta um aumento da inflação na construção, passando de 5% em 2024 para 7% em 2026.

Além das tarifas, fatores internos também entram em jogo. Santiago, no Chile, deve registrar um leve aumento de inflação em 2025 (de 3% para 4%), impulsionado pela alta demanda por minerais como lítio e cobre e pela instabilidade política. 

Buenos Aires ainda enfrenta os maiores índices inflacionários da região, com 10% projetados para 2025, apesar de seus custos já serem mais altos (US$2.400/m²).

Mineração e eventos internacionais como carta na manga

Mesmo com desafios, a América Latina continua atraindo investidores graças a sua indústria de mineração robusta e projetos de infraestrutura. 

No Brasil, os investimentos estão concentrados em cidades estratégicas como Belém, que se prepara para a COP30, além de melhorias na mobilidade urbana em grandes centros.

Para além disso, os custos baixos ainda são um fator decisivo. Ou seja, mesmo com as incertezas globais, a combinação de preços competitivos e potencial de desenvolvimento continua sendo um grande atrativo para quem quer investir na região.

Aluguel dispara em bairros brasileiros e alta chega a 74%

Os preços do aluguel seguem subindo com força no Brasil, e alguns bairros viraram destaque com valorizações impressionantes no segundo trimestre de 2025. 

De acordo com um levantamento de uma empresa especializada no setor, baseado em mais de 202 mil anúncios residenciais, bairros do Sul do país dominaram o ranking das maiores altas.

O caso mais surpreendente veio de Canasvieiras, em Florianópolis, que registrou um aumento de 73,5% em apenas três meses, alcançando um tíquete médio de R$4.100. 

Em seguida aparecem:

● Chácara das Pedras (Porto Alegre): alta de 66%;
● Balneário (Florianópolis): valorização de 65%.

Fora do Sul, o destaque vai para:

● Cachambi (Rio de Janeiro): +54,4% (média de R$ 2.432);
● Gleba (Goiânia): +52,2%.

Quando o assunto é valor absoluto, São Paulo segue dominando. O Jardim Europa lidera com um tíquete médio de R$24.598, seguido por outros bairros de alto padrão da cidade:

● Alto de Pinheiros (SP): R$22.543;
● Morumbi (SP): R$19.503;
● Vila Nova Conceição (SP): R$18.038;
● Jurerê Oeste (Florianópolis): R$17.437;
● Jardim Paulistano (SP): R$16.492;
● Ipanema (RJ): R$15.048.

Com esse cenário, quem trabalha no mercado imobiliário precisa ficar atento. Afinal, bairros com valorização acelerada podem ser ótimas oportunidades para captação de imóveis e novos negócios.

Por que os aluguéis estão tão caros?

Segundo especialistas, o movimento é reflexo do aumento dos juros e das dificuldades para financiamento imobiliário.

Isso quer dizer que, com menos gente comprando imóveis, a busca por locações cresceu, o que pressionou os preços. 

Caixa deve injetar R$ 138 bilhões no crédito imobiliário ainda em 2025

Logo da Caixa Econômica Federal.

O crédito imobiliário segue em ritmo acelerado no Brasil, e a Caixa Econômica Federal quer manter esse crescimento nos próximos meses. 

O presidente do banco, Carlos Vieira, projeta fechar 2025 com R$250 bilhões em contratações de crédito habitacional, sendo R$138 bilhões apenas neste semestre.

Um dos motores desse avanço será um novo pacote do governo Lula, previsto para agosto ou setembro, que promete taxas mais competitivas e prazos maiores, incluindo uma linha de financiamento para reformas com até oito anos de prazo.

SBPE ganha estabilidade e mercado pode dobrar

As mudanças devem dar mais previsibilidade ao SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que usa recursos da poupança para financiar imóveis. 

Em uma entrevista para a Folha de S. Paulo, Vieira disse que a expectativa é que, nos próximos cinco anos, o crédito imobiliário cresça entre R$70 bilhões e R$80 bilhões por ano, ajudando a estabilizar as taxas de juros e quase dobrar o volume de crédito via SBPE.

Como já dito anteriormente, o governo também quer ampliar o acesso ao crédito para a classe média a partir de uma nova faixa do Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda entre R$8 mil e R$12 mil.

Esse movimento deve gerar cerca de R$15 bilhões até o fim deste ano. 

De volta ao mercado, o crédito para reformas habitacionais é uma das apostas da Caixa. A ideia é substituir financiamentos caros, como consignados e cartões de loja, por linhas com juros mais baixos e condições mais justas.

Além de expandir o crédito, a instituição também aposta na tecnologia. Um app deve ser lançado em 2025 para integrar serviços e facilitar a contratação de crédito. A meta é transformar o banco público na “maior fintech do Brasil”.

Com mais crédito disponível e taxas mais previsíveis, a expectativa é de um aquecimento nas vendas e reformas. 

Para corretores e gestores imobiliários, isso pode significar mais clientes com acesso ao financiamento e novas oportunidades de negócios, tanto em lançamentos quanto na intermediação de imóveis usados.

Empresa incentiva brasileiros a investirem em short stay nos EUA

Se o seu sonho sempre foi comprar um imóvel fora do país, talvez você esteja mais perto de realizá-lo do que imagina. E spoiler: o local da vez é o badalado bairro Brickell, em Miami.

Desde os anos 2000, a região passou por uma transformação gigante e a sua população triplicou, com mais de 40 mil moradores. Resultado? Virou um dos destinos preferidos dos investidores internacionais.

O grande destaque do momento é o Domus Brickell Center, um projeto que mistura o conforto de um condomínio residencial com os serviços de um hotel de luxo, o famoso condo-hotel.

Funciona assim: você pode usar o apartamento sempre que estiver em Miami e, no restante do tempo, colocá-lo para aluguel de curta temporada, com toda a gestão feita de forma digital pela plataforma Domus Flats.

Ou seja, você curte o imóvel quando quiser e não se preocupa com nada quando estiver alugando. É como um hotel cinco estrelas, só que o lucro vai direto para você.

A primeira torre já está com 80% das unidades vendidas e será entregue ainda em 2025. A segunda deve ficar pronta entre janeiro e abril de 2028.

Os apartamentos variam entre studios e unidades de até dois quartos, com preços a partir de US$500 mil

Para aqueles que pensam em alugar o imóvel, a média diária de short stay em Brickell é de US$288 para um quarto e pode chegar a US$950 para dois quartos. 

Já para quem pensa em utilizar o financiamento americano, um imóvel de US$500 mil, com 30% de entrada, teria parcelas em torno de US$1.879 por mês em um prazo de 30 anos, com taxa de 6,5% ao ano.

Além disso, algumas assessorias estão oferecendo benefícios para os brasileiros que adquirirem um imóvel no Domum Brickell Center com eles, como: 

● Crédito de US$5 mil na escritura para quem viajar aos EUA e fechar a compra;
● 1 milhão de pontos no programa de fidelidade da Azul Linhas Aéreas;
● US$20 mil por indicação concretizada (com créditos cumulativos).

Para quem sempre sonhou em ter um pé na areia de Miami e ainda faturar com aluguel de curta temporada, Brickell está virando um dos destinos mais desejados do momento.

Governo quer usar casas do MCMV como hospedagem na COP30

Belém, no Pará, está se preparando para receber um dos maiores eventos do planeta sobre mudanças climáticas. A COP30, conferência da ONU que deve reunir entre 30 mil e 50 mil pessoas na capital paraense.

Mas, junto com a expectativa, veio um desafio: onde colocar tanta gente?

Para tentar amenizar o problema, o Ministério das Cidades ofereceu imóveis do Minha Casa, Minha Vida para acomodar técnicos e integrantes do governo brasileiro durante o evento.

A proposta faz parte de um plano maior, que também envolve Airbnb, cruzeiros de luxo atracados na costa de Belém e a reforma de prédios antigos transformados em hotéis.

O principal gargalo está nos chamados leitos AAA, aqueles de alto padrão, exigidos por chefes de Estado e autoridades internacionais. 

A questão é que Belém não está acostumada com um fluxo tão grande de visitantes desse perfil, e a busca por soluções alternativas está acontecendo em ritmo acelerado. 

Os alojamentos mais simples também preocupam. Parte da sociedade civil organizada, que participará da Cúpula dos Povos, evento paralelo à conferência, com debates sobre meio ambiente e forte presença do terceiro setor, ainda busca acomodação para até 15 mil pessoas.

Com a COP30 batendo à porta, Belém vive uma verdadeira corrida contra o tempo para garantir a infraestrutura necessária e receber bem participantes do mundo inteiro.

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