Você sabe quantos imóveis à venda em São Paulo surgem por dia?

Imagem de imóveis à venda em São Paulo.

Você já parou pra pensar quantos imóveis à venda em São Paulo surgem todos os dias? A cidade que nunca dorme também não para de crescer, e isso reflete diretamente no mercado imobiliário. 

Só nos últimos 12 meses, foram lançados quase 120 mil novos apartamentos na capital. Ou seja, são cerca de 328 imóveis chegando por dia. É muito imóvel novo entrando no radar de quem está buscando um cantinho pra chamar de seu.

Mas esse movimento não acontece à toa. Muita coisa está mudando no jeito como os brasileiros lidam com moradia. 

Os divórcios, por exemplo, têm mexido bastante com o mercado, visto que muita gente precisa ir atrás de um novo lar ao sair de um relacionamento. Além disso, muitas pessoas dão início ao financiamento de imóvel usando o valor da partilha de bens.

Enquanto isso, tem cidade do interior do Mato Grosso se preparando para receber um empreendimento gigante licenciado pelo World Trade Center. 

Já nas grandes capitais, a história é outra: quem mora em São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro está cada vez mais disposto a pagar mais para viver perto do trabalho ou da faculdade e fugir do trânsito.

No fim das contas, o mercado imobiliário está se transformando junto com a vida dos brasileiros. E entender esses movimentos é essencial para quem quer fazer boas escolhas, seja para morar, investir ou trabalhar com imóveis.

Assuntos que você irá encontrar: 

328 imóveis são colocados à venda por dia em São Paulo

Que São Paulo é uma cidade que está em constante movimento, todo mundo já sabe. Seja nas ruas, nos prédios ou nas grandes avenidas, a cidade nunca para. 

Mas você já parou para pensar como esse movimento funciona dentro do mercado imobiliário?

Segundo dados do Secovi-SP, foram lançados 119,8 mil novos apartamentos na capital paulista nos últimos 12 meses. Isso equivale a 328 unidades por dia chegando ao mercado desde maio de 2024.

São Paulo continua liderando o movimento nacional. A cidade foi responsável por 29% de todos os lançamentos residenciais do Brasil no primeiro trimestre de 2025, nada menos que 408 mil unidades, conforme dados da CBIC.

E não para por aí! Em 2024, a capital bateu seu próprio recorde, com 104 mil apartamentos lançados e um VGV de R$55 bilhões, representando um crescimentos de 43% e 17% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Mas como nem tudo são flores, é preciso colocar um ponto de atenção para os desafios da habitação de médio e alto padrão, especialmente diante do cenário de juros altos, que pressionam o custo dos financiamentos. 

O programa Minha Casa, Minha Vida, por outro lado, segue como o principal suporte à habitação de baixa renda, com condições de crédito mais acessíveis.

Metade dos divorciados usa bens para comprar imóvel no Brasil

Imagem de pessoas adquirindo novos imóveis após divórcio.

Embora normalmente associada a questões emocionais, as separações não afetam apenas as relações pessoais. Elas estão mudando a forma como as pessoas buscam e consomem moradia no Brasil. 

Segundo dados do Instituto Mulheres do Imobiliário (IMI), 50% das pessoas procuram um novo imóvel após o divórcio, e 44% usam recursos da partilha de bens para viabilizar essa compra.

Esse comportamento tem ganhado cada vez mais força. Em 2022, o país registrou mais de 420 mil divórcios, o maior número da série histórica, segundo o IBGE. 

Com isso, cresce a procura por imóveis mais enxutos, com preços mais compatíveis com a nova realidade financeira de quem recomeça sozinho ou com os filhos.

Imóveis menores, escolhas mais práticas

Entre quem já morava de aluguel antes da separação, quase metade manteve o aluguel depois do divórcio. Apenas 17% conseguiram comprar um imóvel. 

A pesquisa também mostra que 39% relataram queda no padrão de vida e de moradia. No recorte de gênero, o impacto sobre as mulheres é ainda mais evidente, já que muitas assumem a responsabilidade financeira pela casa e pelos filhos.

Ainda assim, elas seguem protagonistas nas decisões. Entre as que moravam em imóvel próprio antes da separação, 49% contribuíram com ao menos metade do valor da compra.

Esse tipo de movimentação já vinha sendo observado nas grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, 1 em cada 4 lançamentos é de imóveis com até 50 m², e com o avanço das separações, a tendência ganha novo fôlego. 

Segundo especialistas, a procura tem se concentrado em regiões centrais, com boa infraestrutura e acesso a transporte, serviços e escolas.

Para o mercado imobiliário, isso representa uma mudança importante. Ou seja, não se trata apenas de vender um imóvel menor, mas de entender que o cliente está em um novo momento de vida, com outras prioridades.

Creditú quer parcelar a entrada do financiamento para brasileiros

Uma nova alternativa para quem quer comprar um imóvel, mas ainda não conseguiu juntar o valor da entrada, acaba de chegar ao mercado brasileiro. 

A fintech chilena Creditú lançou uma linha de crédito imobiliário voltada exclusivamente para o financiamento da entrada do imóvel, produto inédito por aqui, mas já consolidado no Chile.

A proposta é simples: ajudar compradores que têm perfil de crédito aprovado, mas esbarram no valor inicial necessário para fechar negócio

Com isso, as incorporadoras poderão antecipar vendas e ampliar o acesso à moradia, especialmente entre famílias de renda média.

A operação foi viabilizada em parceria com a NGT, especializada em soluções blockchain, e a Opea, hub de crédito estruturado. Segundo a Creditú, a expectativa é movimentar, já no lançamento, R$70 milhões em financiamentos.

A versão brasileira da solução utiliza contratos inteligentes, o que permite rastreabilidade, transparência e automação em todo o processo. Cada cédula de crédito (CCB) é digitalizada em um modelo chamado “recebível chipado”, monitorado em tempo real.

Essa estrutura reduz riscos para as incorporadoras, que deixam de assumir diretamente o crédito dos clientes e também não precisam arcar com os custos de gestão da carteira de recebíveis.

Complemento para o crédito imobiliário tradicional

Vale lembrar que a nova linha não substitui o financiamento habitacional tradicional. Ela atua como um complemento, viabilizando a assinatura do contrato entre comprador e incorporadora. 

O objetivo é justamente resolver um dos gargalos mais comuns do setor, que é a falta de recursos para o pagamento inicial do imóvel.

A iniciativa também se posiciona como alternativa ao modelo Pro Soluto, onde o comprador precisa negociar diretamente com a construtora a emissão de uma nota promissória para completar a entrada.

Nova York? Não, Sinop! World Trade Center lança empreendimento no MT

Imagem aérea de Sinop, no Mato Grosso.

Quando você pensa em um World Trade Center, talvez venha à cabeça Nova York, Dubai ou Tóquio. Mas em breve, Sinop, no interior do Mato Grosso, também vai entrar nessa lista.

Com pouco mais de 216 mil habitantes, a cidade foi escolhida para receber um empreendimento licenciado pela famosa marca internacional (e o projeto não é nada modesto).

Desenvolvido pela Haacke Empreendimentos, o complexo deve movimentar R$6 bilhões em valor geral de vendas (VGV) e será construído em etapas até o final de 2029

A torre principal terá 28 andares, e o entorno contará com outras nove torres, essas não licenciadas, com alturas entre 20 e 25 andares. 

Por que Sinop?

Pode parecer improvável à primeira vista, mas o argumento da incorporadora para conquistar a marca foi direto ao ponto: Sinop é uma potência do agronegócio, setor que movimenta bilhões e sustenta parte importante da economia nacional.

A cidade, que cresceu mais de 70% nos últimos dez anos, aparece entre as 100 mais ricas do agronegócio, com um VBP agropecuário de R$2,5 milhões em 2022.

O empreendimento vai reunir residências, escritórios e serviços, tudo dentro de um mesmo complexo, seguindo a tendência de cidade inteligente.

As torres terão cerca de 30 mil m² de área construída, e o valor do metro quadrado deve girar em torno de R$18 mil.

Entre os diferenciais, um restaurante panorâmico no rooftop, infraestrutura pensada para o fluxo de empresas e profissionais ligados ao agro, e a promessa de trazer um novo padrão de ocupação para a região.

Brasileiros estão dispostos a pagar mais por imóvel perto do trabalho

Quem vive nas grandes capitais brasileiras sabe que o trânsito consome tempo, energia e qualidade de vida. Por isso, morar perto do trabalho virou prioridade absoluta para a maioria dos moradores de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 

E isso não é só discurso, é informação confirmada. Segundo uma pesquisa feita por duas líderes do setor, muita gente está disposta a pagar mais por essa vantagem, seja na compra ou no aluguel do imóvel.

O levantamento mostra que 87% dos paulistanos, 82% dos cariocas e 79% dos belo-horizontinos consideram importante (ou muito importante) estar perto do trabalho ou da faculdade. 

Entre os principais motivos, aparecem qualidade de vida, economia de tempo e, claro, fugir do trânsito.

Mais tempo em casa, menos tempo no transporte

Em São Paulo, 61% apontam a qualidade de vida como o principal benefício. No Rio, o destaque é a economia de tempo (56%), e em BH, 64% dos entrevistados citaram a redução no tempo de deslocamento como fator decisivo.

Essa preferência é tão forte que mais de 90% dos entrevistados nas três capitais aceitariam pagar algo a mais por um imóvel bem localizado.

● Entre compradores, cerca de 28% em SP e BH, e 24% no Rio, aceitariam pagar entre R$100 mil e R$200 mil extras por um imóvel próximo ao trabalho.
● Outros 20% indicaram disposição para pagar mais de R$200 mil.
● Já quem aluga, em todas as capitais, entre 34% e 38% pagariam de R$501 a R$1.000 a mais por mês pela mesma vantagem.

Mesmo com o avanço do modelo híbrido, o trabalho presencial ainda é a regra. Em Belo Horizonte, por exemplo, 56% trabalham presencialmente. 

Já no Rio de Janeiro, são 50%, e em São Paulo, 47%. O home office tem maior presença na capital paulista (18%), seguido do Rio (21%) e de BH (13%).

Quando se trata de deslocamento, a capital paulista lidera nos trajetos longos. 26% gastam entre uma e duas horas para chegar ao trabalho, contra 19% no Rio e 18% em BH. 

O ônibus comum ainda é o transporte mais utilizado no Rio e na capital mineira, enquanto em BH o carro particular lidera.

O que isso representa para o mercado imobiliário?

Para quem atua no setor, os dados revelam o óbvio: a localização continua sendo um diferencial competitivo.

Em outras palavras, imóveis próximos a polos comerciais, universidades e centros empresariais seguem com alta demanda, mesmo em tempos de home office.

Seja para venda ou locação, quem entrega praticidade no dia a dia ganha pontos com o público urbano. E, como mostra a pesquisa, muita gente está disposta a investir nisso.

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