
O novo autódromo que está sendo construído na capital carioca promete trazer não só adrenalina, mas também muitas oportunidades para o setor imobiliário, especialmente em áreas nobres como Barra da Tijuca.
A expectativa é de que, com o aumento da verticalização da cidade, novos empreendimentos surjam por lá, mudando a cara da cidade.
Além disso, o setor de crédito imobiliário também está se reinventando. O governo brasileiro está buscando formas de diminuir a dependência da poupança e trazer mais recursos do mercado para financiar o setor.
Enquanto isso, no setor de conveniência, os mercadinhos de condomínio se destacaram em 2024 com um crescimento de 53%.
Uma tendência que vem ganhando força no Brasil, trazendo mais praticidade e facilitando a vida de quem mora em prédios, principalmente nos grandes centros urbanos.
A chegada de Lady Gaga ao Brasil também movimentou o mercado imobiliário do Rio de Janeiro, gerando uma alta nos preços de aluguel.
Por último, mas não menos importante, o mercado imobiliário norte-americano está passando por uma super transformação: bairros inteiros estão sendo construídos através da impressão 3D.
Se interessou pelo conteúdo? Continue acompanhando para entender como esses novos movimentos estão moldando o futuro do mercado imobiliário!
Assuntos que você irá encontrar:
- Novo autódromo abre espaço no mercado imobiliário do RJ;
- Redução da dependência da poupança: modelo de funding imobiliário;
- Mercadinhos de condomínio registram crescimento de 53% em 2024;
- Lady Gaga no Brasil: Procon investiga alta no valor dos aluguéis no Rio;
- Como a impressão 3D vem impactando o mercado imobiliário americano?
Novo autódromo abre espaço no mercado imobiliário do RJ
O novo autódromo internacional do Rio de Janeiro promete não apenas acelerar as competições, mas também o mercado imobiliário da cidade.
Graças a um acordo entre a prefeitura e o projeto, vai ser cada vez mais comum vermos prédios de alto padrão sendo erguidos em áreas nobres da capital fluminense, como Leblon e Ipanema.
Isso acontece por meio da Operação Urbana Consorciada (OUC), que usa a Transferência do Direito de Construir (TDC) ou o popular "bônus urbanístico".
Em outras palavras, o potencial construtivo do autódromo - que não será totalmente utilizado para a pista - pode ser transferido para outras áreas, como a zona norte e a Barra da Tijuca, permitindo a construção acima do limite permitido.
Tudo isso em troca de investimentos em infraestrutura e melhorias urbanísticas.
Um dos primeiros a apostar nesse novo modelo foi a Origem Incorporadora, que lançou um empreendimento de luxo na Barra da Tijuca, em frente à praia, no Posto 6.
O projeto será o primeiro da famosa Pininfarina no Rio de Janeiro, com 20 unidades exclusivas que variam de 450 a 1.100m²
Com R$600 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) e 14 andares, o empreendimento promete ser um marco no mercado de luxo carioca, com unidades personalizáveis, incluindo uma cobertura que poderá ser vendida por R$80 milhões.
O Autódromo de Guaratiba
O Autódromo Parque de Guaratiba, que está sendo construído na zona oeste do Rio, será uma pista moderna, com capacidade para abrigar competições internacionais, como a Fórmula 1.
O projeto de 500 hectares também inclui melhorias no entorno, com novas vias de acesso e modernização do transporte.
O autódromo será um dos primeiros empreendimentos a se beneficiar da OUC, permitindo que a venda de cotas de construção no autódromo financie novos empreendimentos imobiliários em áreas como a Barra da Tijuca.
Redução da dependência da poupança: modelo de funding imobiliário

O debate sobre um novo modelo de funding para crédito imobiliário ganhou força após o governo brasileiro anunciar que está estudando alternativas para reduzir a dependência da poupança e trazer mais recursos do mercado de capitais.
A ideia é disponibilizar mais dinheiro para expandir o setor, mas o grande desafio é o custo do crédito.
Em recente declaração, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que o Brasil precisa migrar para um modelo de funding mais próximo da captação de mercado, diminuindo a dependência dos depósitos da poupança.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também mencionou que o governo "ainda deve" uma solução para esse mercado, indicando que essa questão será uma das últimas etapas do governo atual.
Desafios e oportunidades no crédito imobiliário
O funding imobiliário tem sido historicamente sustentado, em grande parte, pela poupança, mas sua participação vem caindo devido à baixa rentabilidade e à alta da taxa de juros.
Em fevereiro de 2024, a poupança representava apenas 31% do funding, uma queda em relação aos 38% de 2023.
Outros recursos, como o FGTS e o mercado de capitais, têm se tornado cada vez mais relevantes. No entanto, o funding tradicional já está se esgotando, o que exige novas soluções para financiar o crescimento do mercado imobiliário.
O BC está analisando diversas alternativas e ouvindo sugestões de associações de classe e instituições financeiras.
O foco das discussões é entender como essas novas alternativas podem impactar o custo do crédito imobiliário.
Entretanto, a grande preocupação agora é que os fundings alternativos, como a LCI e CRI, apresentam riscos diferentes e podem afetar a segurança dos contratos de financiamento.
Ainda assim, especialistas acreditam que essa mudança pode trazer maior dinamismo para o setor e reduzir as taxas de juros no futuro.
Mercadinhos de condomínio registram crescimento de 53% em 2024
Você já visitou ou até mesmo morou em um prédio que possuía um mercadinho? Pois é, esse tipo de investimento está em alta, com um crescimento impressionante de 53,5% em 2024, segundo dados da APAS (Associação Paulista de Supermercados).
Esses pequenos mercados, que funcionam 24 horas por dia, estão cada vez mais presentes em áreas de lazer de prédios residenciais e comerciais, oferecendo conveniência ao estarem a apenas um elevador de distância.
Por outro lado, os supermercados tradicionais sofreram uma queda de 10,1% no mesmo período.
Hortifrútis, com crescimento de 23,6%, minimercados, com 11,1% e atacadistas, 8,1% apresentaram resultados positivos.
Atualmente, existem 26.965 estabelecimentos supermercadistas no estado de São Paulo, sendo 65% de micro e pequeno porte, 16% de médio porte e 19% de grande porte.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Carlos Correa, diretor-geral da APAS, destaca que a mudança no perfil do setor é clara:
Setor supermercadista paulista em expansão
O mercado supermercadista de São Paulo ocupa 30,7% do faturamento nacional, com R$328 bilhões em 2024, o que representa um crescimento de 3% em comparação com 2023.
A cidade de São Paulo foi responsável por 38,7% da abertura de novas lojas no estado, com 1.466 inaugurações e 434 fechamentos no último ano.
Além disso, o crescimento médio do setor foi de 11%, com destaque para cidades do ABC e da Baixada Santista.
No lado dos funcionários, o perfil também mudou: a faixa etária acima de 50 anos aumentou sua participação, representando uma alta de 1,2%.
Além disso, a presença feminina nos supermercados cresceu, representando 75% das 22 mil novas vagas em São Paulo em 2024.
O setor também tem se tornado mais inclusivo, com aumento de 24,2% das vagas para pessoas com algum tipo de deficiência desde 2020.
Lady Gaga no Brasil: Procon investiga alta no valor dos aluguéis no Rio

A chegada da cantora Lady Gaga em solo brasileiro não movimentou apenas os Little Monsters (nome denominado para os fãs da artista) e até o mercado imobiliário entrou na jogada.
O Procon-RJ e a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor abriram um processo para investigar práticas abusivas por parte de plataformas de locação de imóveis por temporada no Rio de Janeiro, cidade que Lady Gaga se apresentou nesse último sábado (03).
A ação foi motivada por denúncias de consumidores que relataram aumentos abusivos de preços, cancelamentos de reservas e renegociação de contratos para o período do show da cantora em Copacabana.
Denúncias e investigações
Os consumidores acusam os proprietários de cancelarem reservas confirmadas para aproveitar a alta demanda gerada pelo evento, aumentando os valores das locações de maneira indevida.
Para o Procon, essa prática fere o Código de Defesa do Consumidor, prejudicando turistas e fãs que já haviam garantido hospedagem com antecedência.
O órgão responsável notificou as plataformas de locação e exigiu que informassem o número de cancelamentos e renegociações ocorridos entre 20 de abril e 10 de maio.
A Sedcon (Secretaria de Defesa do Consumidor) irá comparar os preços atuais com os valores dos anos anteriores para verificar possíveis abusos.
O foco da investigação está em imóveis localizados em Copacabana e áreas próximas, mas até agora, não foram reveladas as plataformas específicas sob investigação, nem o número exato de denúncias recebidas.
Como a impressão 3D vem impactando o mercado imobiliário americano?
Você já pensou em ver uma cidade inteira feita através de impressão 3D? Ao que tudo indica, estamos cada vez mais perto de ver esse fenômeno em prática.
A empresa ICON, pioneira na construção com impressão 3D, fez história ao imprimir um bairro inteiro em 3D. Localizado perto de Austin, no Texas, o projeto resultou na construção de 100 casas usando impressoras gigantes.
O segredo dessa revolução tecnológica está em dois robôs: o Vulcan, que ergue as paredes de uma casa em apenas 24h.
E o Phoenix, um robô incrível que funciona como um guindaste capaz de construir fundações, paredes, pisos e até estruturas de telhado de residências de múltiplos andares de forma contínua, sem interrupções.
O impacto? Menos tempo de construção, menor desperdício de materiais e custos reduzidos.
A ICON também oferece um catálogo digital com designs prontos para impressão, e conta com um arquiteto baseado em inteligência artificial, que ajuda os clientes a projetarem suas casas, gerando plantas e representações gráficas em minutos.
A empresa já tem um histórico de projetos inovadores. Antes deste bairro nos EUA, ela construiu 50 moradias populares no México, ajudando famílias com renda média de US$76,50 a melhorar suas condições de vida.
Além disso, a ICON recebeu investimento da NASA para estudar a possibilidade de construir casas em outros planetas usando essa mesma tecnologia.
A inovação no setor não para por aí. Em uma visita recente aos EUA, diversas construtoras brasileiras conheceram novas tecnologias no mercado, incluindo Kind Designs, que imprime muros de contenção em 1h.
Outras empresas como a FBR, que criou o robô Hadrian X para assentar tijolos mais rápido que qualquer humano, e a Ambar, a maior construtech da América Latina, que utiliza paredes modulares com integração elétrica e hidráulica, também estavam presentes.
Com tudo isso, é impossível não reconhecer que a construção como conhecemos está em transformação.
A maior indústria do mundo, que representa 13% do PIB global, está prestes a mudar para sempre, com tecnologias como a impressão 3D e a IA no comando.
E quem sabe, um dia, talvez você possa projetar sua casa no computador e deixar uma máquina erguê-la por você!
Se você chegou até aqui e quer se manter atualizado sobre o mercado imobiliário, inscreva-se na Newsletter da Jetimob e receba toda segunda-feira as melhores novidades do setor!
E se você quer acompanhar notícias diárias sobre o mercado imobiliário, não deixe de seguir o perfil do Imobi Recap no Instagram.