Prefeitura de São Paulo limita preço da moradia social na cidade

Imagem do Vale do Anhangabaú, na região central da cidade de São Paulo.

Se você trabalha com imóveis ou simplesmente gosta de acompanhar o mercado, já deve ter percebido: abril foi tudo, menos parado.

Tivemos de tudo um pouco: queda no preço dos imóveis residenciais, nova regra da Prefeitura de São Paulo para moradia social, um boom histórico nos leilões de imóveis e até a Corona (sim, a marca de cerveja) comprando um terreno na praia.

Neste artigo, a gente te conta o que está por trás de cada uma dessas movimentações e o que elas dizem sobre o momento atual do setor. 

Assuntos que você irá encontrar: 

Preço dos imóveis residenciais cai em abril

O valor dos imóveis residenciais à venda no Brasil registrou aumento de 0,46% em abril de 2025, de acordo com o Índice FipeZAP de Venda Residencial. 

No entanto, apesar da valorização, o ritmo foi menor do que em março, quando os preços subiram 0,51%.

Entre os tipos de imóveis, as unidades com um dormitório apresentaram a maior valorização, com alta de 0,59%. Já os imóveis com quatro ou mais dormitórios tiveram um crescimento mais contido, de apenas 0,30%.

A pesquisa analisou 56 cidades brasileiras, das quais 47 registraram aumento no preço médio do metro quadrado. 

Em abril, o valor médio nacional chegou a R$9.276 por metro quadrado, um reflexo direto do comportamento do mercado de compra e venda de imóveis residenciais.

Analisando o acumulado dos últimos 12 meses, os preços dos imóveis residenciais subiram 7,66%, com valorização registrada em todas as cidades monitoradas. 

Esse crescimento supera a inflação oficial do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 5,53%.

Prefeitura de São Paulo limita preço da moradia social na cidade

No final do último mês, a Prefeitura de São Paulo publicou um novo decreto que estabelece limites para o valor de venda de moradias populares na capital.

A medida visa evitar distorções no uso de incentivos municipais destinados à habitação de interesse social, garantindo que os imóveis beneficiados realmente atendam às famílias de baixa renda.

Segundo o decreto, o teto máximo para a venda de imóveis com subsídio público será de R$518 mil

A norma vale para as modalidades de Habitação de Interesse Social (HIS 1 e HIS 2) e Habitação de Mercado Popular (HMP). Os valores máximos de venda foram definidos conforme a faixa de renda atendida por cada programa. 

HIS 1: até R$ 266 mil para famílias com renda mensal de até 3 salários mínimos (ou até 0,5 salário mínimo per capita);

HIS 2: até R$ 369,6 mil para famílias com renda de até 6 salários mínimos (ou 1 salário mínimo per capita);

HMP: até R$518 mil para famílias com renda de até 10 salários mínimos (ou 1,5 salário mínimo per capita).

Além da limitação de preços, o decreto proíbe o aluguel de curta duração, como short stay, para esses imóveis. 

Já em locações tradicionais, o valor do aluguel não pode ultrapassar 30% da renda familiar máxima definida para cada modalidade.

A decisão busca combater práticas como a compra de unidades subsidiadas para fins de investimento ou aluguel acima dos valores compatíveis com a realidade de famílias de baixa renda.

Outra novidade é a exigência de que, em caso de desocupação do imóvel, o proprietário deve comprovar documentalmente que o imóvel não está sendo utilizado de forma indevida.

Brasil pode se tornar um dos maiores mercados do Airbnb, diz CEO

Imagem da logo da plataforma de aluguel de curta duração, Airbnb.

A Airbnb, plataforma globalmente conhecida por conectar anfitriões e viajantes, está indo além do aluguel de casas e quartos. 

Em meio a crescentes restrições ao seu modelo de hospedagem temporária em várias partes do mundo, a empresa americana está expandindo seu portfólio para incluir experiências culturais, gastronômicas e de bem-estar, como aulas de yoga, serviços de cabeleireiro, refeições com chefs locais e ingressos para festivais.

Essa mudança de estratégia foi detalhada por Brian Chesky, CEO e cofundador da Airbnb, durante uma teleconferência realizada em Berlim. 

Segundo ele, o Brasil é peça-chave nessa nova fase da plataforma, devido à sua diversidade cultural e potencial turístico, o país tem tudo para se tornar um dos maiores mercados do Airbnb no mundo.

Airbnb e a valorização da economia local

Segundo uma pesquisa do Oxford Economic, uma das grandes forças do Airbnb está no impacto econômico positivo gerado nas comunidades locais, visto que a maioria dos anfitriões são pessoas que alugam um quarto ou uma casa para complementar a renda.

Ao contrário dos hotéis, que concentram turistas em zonas específicas, o Airbnb permite que os viajantes se hospedem em bairros residenciais, o que estimula o comércio local e a convivência com a cultura do destino.

Além disso, a procura por experiências autênticas tem crescido entre os viajantes. 

A plataforma já ultrapassou a marca de 2 bilhões de experiências realizadas, e tem feito parcerias com eventos como o festival Lollapalooza.

Além disso, a expansão da Airbnb também passa pela construção de uma relação transparente com os governos locais. 

Diante das críticas sobre o impacto no mercado imobiliário, a empresa vem se reunindo com autoridades para explicar seu modelo de negócios e colaborar com a criação de regulamentações.

O Brasil como vitrine do novo Airbnb

O CEO foi enfático ao afirmar que o Airbnb está comprometido com o Brasil e pretende continuar investindo no país. 

Segundo ele, o crescimento da plataforma aqui já supera o de outros mercados maiores, tanto em população quanto em economia.

Para o futuro, a empresa mira em uma atuação mais integrada às cidades, promovendo desenvolvimento local, turismo consciente e oportunidades econômicas para os moradores.

Leilão de imóveis vive momento histórico no Brasil com aumento de 24%

Acredite se quiser, o mercado de leilões de imóveis está vivendo seu melhor momento no Brasil. 

No último ano, o setor registrou um aumento de 24% nas vendas, totalizando 275 mil unidades arrematadas e movimentando cerca de R$200 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Arrematantes de Imóveis em Leilões (Abraim).

O avanço é impulsionado por dois fatores principais: o aumento do custo do crédito imobiliário, causado pela alta da taxa Selic, e a digitalização das plataformas de leilão, que democratizou o acesso a esse tipo de investimento.

Apesar do crescimento expressivo, apenas 12,6% dos imóveis disponíveis em leilão foram efetivamente arrematados

Segundo especialistas, a baixa conversão se deve a imóveis com preços acima do valor de mercado ou com pendências jurídicas, o que desanima os investidores.

Leilão digital e novas estratégias de investimento

Não é novidade que a transformação digital facilitou muitos processos que antes eram considerados complexos. 

Hoje, é possível analisar documentos, avaliar riscos e concluir a compra completamente online. Isso atrai tanto investidores iniciantes quanto aqueles mais experientes.

Entre as estratégias mais populares estão:

House flipping: compra de imóveis com desconto, reforma e revenda com lucro;

Locação de curto prazo: majoritariamente feitos através da plataforma Airbnb, com foco em rentabilidade imediata.

Esse modelo ganhou tanta força que empresas como Leilão Eletrônico e Casa Onze Imóveis já firmaram parcerias para atender esse público específico.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, saltou de 9 mil imóveis leiloados em 2022 para 47 mil em 2024, evidenciando a popularização do leilão como alternativa ao financiamento tradicional.

Corona compra terreno beira-mar em Pernambuco

Imagem de duas cervejas da marca Corona na areia da praia.

A Corona, marca de cerveja da Ambev conhecida por seu forte posicionamento ligado à natureza e ao lifestyle praiano, surpreendeu ao arrematar um terreno à beira-mar na Praia de Piedade, em Pernambuco. 

Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o objetivo não é construir um resort, bar ou ponto de venda.

Na verdade, a marca quer exatamente o oposto: não construir absolutamente nada, a fim de impedir novas construções que bloqueiem a luz do sol para preservar a vista natural da praia.

O que será que uma marca de cerveja e o mercado imobiliário têm em comum? 

A ação faz parte de uma estratégia ousada de branding ambiental que busca preservar o pouco que resta de áreas naturais em regiões urbanas litorâneas

Em vez de explorar o solo com novas edificações, a Corona quer proteger o terreno de futuras ocupações, transformando-o em um símbolo de resistência ao avanço descontrolado do concreto.

Com essa atitude, a marca está lançando a primeira reserva solar do mundo no Brasil.

Além disso, esse movimento também lança luz sobre uma nova tendência: marcas que se posicionam de forma ativa no debate sobre o futuro das cidades, ocupação do solo e sustentabilidade costeira. 

Em vez de competir por espaço, a Corona escolhe devolver espaço à natureza, e isso comunica muito mais do que qualquer campanha publicitária tradicional.

Afinal, em um mundo onde quase tudo se transforma em ativo imobiliário, preservar pode ser o gesto mais revolucionário.

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