Abrainc propõe fim da poupança compulsória para impulsionar crédito

Corretor de imóveis calculando valor de crédito após o fim da poupança compulsória.

Você sabia que a poupança compulsória pode estar prestes a passar por mudanças que impactam todo o mercado imobiliário? 

A ideia é simples: reduzir a dependência dos financiamentos que hoje dependem desse recurso e liberar mais crédito para quem quer comprar ou investir em imóveis.

Se aprovado, esse movimento promete tornar os financiamentos mais acessíveis, facilitando o acesso à casa própria e incentivando novos lançamentos

Mas quais seriam as consequências dessa proposta? Quem ganha e quem precisa se adaptar?

Neste artigo, vamos mostrar de forma prática o que está por trás dessa discussão, como a redução da poupança compulsória pode influenciar taxas de financiamento, aumentar a oferta de crédito e até mexer com o planejamento de investidores e construtoras.

Assuntos que você irá encontrar: 

Airbnb relança sua estratégia com investimentos em hotéis

O Airbnb, que se tornou referência em compartilhamento e aluguel de imóveis, está expandindo suas fronteiras. 

A gigante do Vale do Silício, que já foi sinônimo de alternativa aos meios tradicionais de hospedagem, agora se posiciona como um concorrente direto no mercado hoteleiro.

Durante a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, a empresa não apenas superou as expectativas de Wall Street, como deixou claro que a adoção de hotéis em sua plataforma é parte de uma transformação estratégica.

Com uma receita de US$3,1 bilhões no segundo trimestre (13% a mais que o ano passado), o Airbnb apresentou números impressionantes. 

O lucro ajustado foi de US$1,03 por ação, e a empresa registrou 134 milhões de "noites e experiências" reservadas, marcando um crescimento de 7%. A demanda foi acelerada globalmente, com destaque para a América Latina e Ásia-Pacífico.

O CEO Brian Chesky afirmou que a empresa investirá pesado no mercado hoteleiro, especialmente em hotéis independentes ou boutique. 

Embora a empresa continue oferecendo imóveis de todos os tipos, desde lofts em Nova York até casas de campo, a presença de hotéis será cada vez mais relevante, principalmente em locais e períodos de alta demanda, quando a oferta de imóveis é limitada. 

A mudança tem como objetivo preencher essas lacunas, garantindo que os clientes encontrem o que procuram em qualquer lugar do mundo.

Além do setor hoteleiro, Chesky destacou que a tecnologia também é um pilar essencial para o futuro do Airbnb. A empresa planeja transformar sua plataforma em um “aplicativo com foco em IA”, melhorando a eficiência e personalização do atendimento ao cliente. 

A implementação da IA está em andamento, com a criação de um agente de atendimento que já reduziu a necessidade de intervenção humana em 15%.

O empresário acredita que a inteligência artificial será uma parte fundamental da evolução do Airbnb, ajudando a personalizar a experiência dos usuários de maneira ainda mais eficiente. 

Quanto você precisa ganhar para financiar um imóvel em São Paulo?

Se você está pensando em financiar um imóvel em São Paulo, é importante saber que a renda mínima necessária pode variar bastante de acordo com o valor do imóvel e o bairro escolhido.

Em regiões mais caras, a renda exigida pode ultrapassar os R$90 mil mensais. 

Por outro lado, em bairros mais acessíveis, como Sacomã e Penha, você pode conseguir um financiamento com uma renda de cerca de R$10 mil.

Esses dados foram calculados com base nas condições de financiamento de 70% do valor do imóvel, em 420 parcelas, adotadas pelos principais bancos. 

É importante lembrar que as taxas de juros no Brasil estão mais altas atualmente (em torno de 15%), o que pode tornar o financiamento mais desafiador.

Para quem busca imóveis em bairros de alto padrão, como Alto de Pinheiros e Itaim Bibi, por exemplo, as condições financeiras exigem uma renda significativamente mais alta. 

Em bairros como esses, com tíquetes médios que ultrapassam os R$2 milhões, as rendas mínimas para aprovação de financiamento ficam entre R$67 mil e R$93 mil mensais.

Quanto preciso ganhar por mês para financiar um imóvel em SP?

Confira abaixo a renda mínima necessária para financiar um imóvel em diferentes bairros de São Paulo, com base nos valores médios dos imóveis e parcelas de financiamento:

Bairro Tíquete médio (R$) Parcela inicial (R$) Renda mínima (R$)
Santo Amaro 937.552 8.259 29.752
Vila Andrade 715.439 6.302 22.724
Bela Vista 579.675 5.106 18.429
Sacomã 330.886 2.915 10.558
Tucuruvi 449.615 3.961 14.314
Tatuapé 708.427 6.241 22.503
Pinheiros 1.205.850 10.622 38.240
Perdizes 1.010.197 8.899 32.050
Brooklin 1.213.384 10.689 38.478
Jabaquara 476.334 4.196 15.160
Ipiranga 638.872 5.628 20.302
Campo Belo 1.137.139 10.017 36.066
Vila Sônia 674.694 5.943 21.435
República 341.279 3.006 10.887
Pirituba 364.981 3.215 11.637
Mooca 673.324 5.931 21.392
Vila Prudente 471.079 4.150 14.993
Penha 386.256 3.403 12.310
Campo Limpo 316.777 2.791 10.112
Saúde 658.883 5.804 20.935

Quanto preciso ganhar por mês para financiar um imóvel nos bairros mais caros de SP?

Bairro Tíquete médio (R$) Parcela inicial (R$) Renda mínima (R$)
Alto de Pinheiros 2.942.103 25.917 93.172
Itaim Bibi 2.881.818 25.386 91.265
Jardim América 2.617.446 23.057 82.900
Morumbi 2.451.322 21.594 77.644
Moema Pássaros 2.188.377 19.278 69.325
Paraíso 2.131.229 18.774 67.517
Higienópolis 1.567.267 13.806 49.675
Vila Madalena 1.469.316 12.943 46.576
Vila Clementino 1.445.294 12.732 45.816
Alto da Lapa 1.400.418 12.336 44.396
Sumaré 1.332.048 11.734 42.233
Jardim Paulista 1.265.515 11.148 40.128
Brooklin 1.213.384 10.689 38.478
Pinheiros 1.205.850 10.622 38.240
Campo Belo 1.137.139 10.017 36.066
Moema Índios 1.079.845 9.512 34.254
Perdizes 1.010.197 8.899 32.050
Vila Leopoldina 1.001.738 8.824 31.782
Vila Olímpia 980.772 8.640 31.119
Lapa 977.651 8.612 31.020

Abrainc propõe fim da poupança compulsória para impulsionar crédito

Imagem de um corretor de imóveis calculando o financiamento imobiliários depois do fim da poupança compulsória.

Em discussões com o Banco Central para criar um modelo de financiamento imobiliário, menos dependente da poupança, a Abrainc resgatou uma antiga proposta: o fim do compulsório da poupança. 

Luiz França, presidente da associação, sugeriu ao BC a criação de uma linha de desconto, com taxas compatíveis às oferecidas aos poupadores, para substituir o compulsório que atualmente destina parte dos recursos ao financiamento imobiliário.

Atualmente, o sistema financeiro exige que os bancos direcionem 65% dos recursos da caderneta de poupança ao crédito imobiliário, 15% para uso livre e 20% para o compulsório. 

Este compulsório é remunerado com a mesma taxa que os bancos pagam aos poupadores, atualmente 6,17% ao ano, mais a TR

A proposta da Abrainc é liberar ao menos 5% desse compulsório para injetar até R$35 bilhões no mercado imobiliário, impulsionando o setor.

Após conversas com economistas e players do mercado, a associação propõe substituir o compulsório por uma linha de crédito chamada “redesconto poupança”. 

Nessa linha, caso haja algum problema, o Banco Central emprestaria dinheiro aos bancos a uma taxa equivalente à pagar aos poupadores, com garantia em títulos públicos.

Além disso, a associação defende o uso de crédito imobiliário indexado à inflação, o que simplificaria os financiamentos e ajudaria a controlar a inadimplência. 

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos grandes bancos em operar com títulos atrelados ao IPCA, França acredita que essa alternativa seria um avanço para o mercado.

O principal desafio, no entanto, permanece sendo a alta taxa de juros, que impacta diretamente o acesso ao crédito. 

Uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica mostrou que 86% dos players do setor consideram a obtenção de financiamento para obras mais difícil neste ano. Além disso, 88% afirmam que as taxas de juros atuais estão prejudicando os lançamentos imobiliários.

O levantamento, realizado em um webinar da Abrainc, ouviu 160 executivos do setor, sendo que 40 deles atuam em empresas com faturamento superior a R$500 milhões.

De acordo com a pesquisa, 53% dos participantes planejam reduzir o volume de recursos obtidos junto aos bancos, enquanto 54% consideram o mercado de capitais como alternativa para financiamento. 

Além disso, outros 54% buscam aumentar o volume de recursos diretamente com investidores, como pessoas físicas e family offices.

Por fim, a pesquisa revelou que o patamar máximo de taxas para viabilizar lançamentos imobiliários é de 12% ao ano, levando em conta não apenas a Selic, mas também os juros e spreads efetivamente cobrados pelos bancos.

Consórcio de imóveis cresce 40% e supera financiamento

De janeiro a junho, mais de 590 mil adesões ao sistema de consórcio de imóveis foram registradas no Brasil, um aumento de 40,8% em comparação com o mesmo período de 2024. 

Isso gerou cerca R$118,1 bilhões em negócios, segundo dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac). 

Enquanto isso, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança caíram 10,4%, totalizando R$73,6 bilhões.

Com os juros elevados e a necessidade de entrada maior nos financiamentos, muitos brasileiros estão optando pelos consórcios como uma alternativa mais acessível. 

De janeiro a maio de 2025, a participação do consórcio nas mais de 233 mil unidades financiadas foi de 23,8%, o que representa um aumento significativo de 4,7 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Um estudo do Banco Central revelou que o segmento de imóveis foi o que mais cresceu entre as modalidades de consórcio, com um aumento anual de 30% nas cotas vendidas. 

O volume de recursos arrecadados no sistema de consórcios também teve alta, crescendo 20,6% em 2024, atingindo R$121,8 bilhões.

Assim como tudo no mundo imobiliário, os juros elevados impactaram diretamente o financiamento, levando muitos brasileiros a buscarem alternativas. 

No cenário atual, a Caixa Econômica, por exemplo, está exigindo que os clientes ofereçam 30% de entrada, em vez dos 20% que eram comuns anteriormente. 

Em alguns casos, dependendo do score de crédito do cliente, os bancos podem exigir até 50% de entrada. Esse aumento nas exigências fez com que o consórcio fosse visto como uma opção viável, pois as parcelas não sofrem a incidência dos altos juros.

Embora o consórcio de imóvel não tenha a incidência dos juros imobiliários, é importante destacar que as parcelas são corrigidas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). 

Atualmente, o INCC acumula 7,19% nos últimos 12 meses, o que significa que tanto o valor do crédito quanto as parcelas podem aumentar anualmente.

Condomínio fechado em Porto Alegre oferece casas a partir de R$470 mil

Mais uma opção no mercado de condomínios fechados de Porto Alegre está surgindo na capital gaúcha. 

Com foco em residências horizontais, um novo empreendimento será lançado no bairro Alto Petrópolis, zona leste da capital gaúcha. 

O projeto ocupará uma área total de 29,6 mil metros quadrados, com 1,4 mil metros quadrados destinados à área de preservação permanente (APP), e oferece unidades a partir de R$470 mil.

O condomínio contará com sobrados de 99 m² a 176 m², com opções de dois ou três dormitórios, além de uma planta com a possibilidade de um terceiro andar com terraço. 

As casas terão pátio privativo, espaço para churrasqueira, esperas para lareira, piscina e/ou SPA.

Com 210 unidades previstas, o empreendimento será localizado a apenas 15 minutos do shopping Iguatemi e do Parque Germânia

No futuro, está planejada a construção de uma área comercial na entrada do condomínio. 

A infraestrutura do local será completa, com salão de festas, salão de jogos, academia, piscinas para adultos e crianças, brinquedoteca, mini quadra esportiva e de beach tennis, playground para todas as idades, espaço pet e até fogo de chão.

O projeto tem como objetivo diversificar a oferta de produtos imobiliários horizontais em Porto Alegre, com foco na infraestrutura e na qualidade de vida dos moradores.

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