
Com a promessa de melhorar a infraestrutura das casas e apartamentos em todo o país, o Governo Federal lançou um novo programa de crédito para reformas de moradias.
A iniciativa oferece empréstimos de até R$30 mil, com condições acessíveis e específicas para diferentes faixas de renda.
Com a viabilidade financeira assegurada pelos recursos do Fundo Social do pré-sal, o programa visa atender famílias com renda de até R$9.600, dividindo os beneficiários em duas faixas distintas.
Essa medida vem para impulsionar melhorias habitacionais em áreas urbanas e promete trazer um alívio para famílias que buscam transformar suas residências, seja com pequenas reformas ou ampliações.
No artigo de hoje, vamos detalhar como funciona o novo programa, quem pode se beneficiar e como ele pode impactar o mercado imobiliário.
Assuntos que você irá encontrar:
- Fim da MP do IOF fortalece fundos imobiliários e do agronegócio;
- Comprador sem as chaves ainda precisa pagar condomínio, decide STJ;
- Risco de bolha imobiliária em São Paulo é baixo, diz UBS;
- Governo cria novo programa de crédito para reformas de até R$30 mil;
- Laranjeiras volta a ser destaque no mercado imobiliário carioca.
Fim da MP do IOF fortalece fundos imobiliários e do agronegócio
O mercado financeiro respirou aliviado com a derrubada da Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que previa o fim da isenção do Imposto de Renda sobre investimentos como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
Com a medida fora de pauta e perdendo validade, o setor imobiliário e do agronegócio voltam a ganhar força entre investidores, o que deve manter a atratividade desses papéis nos próximos meses.
A MP do IOF, apresentada em junho, previa a cobrança de 5% de IR sobre esses investimentos a partir de 2026.
A proposta tinha como objetivo aumentar a arrecadação federal, mas foi recebida com resistência pelo mercado.
Para o setor imobiliário, a decisão preserva o fluxo de recursos para habitação, infraestrutura e projetos de longo prazo, áreas fundamentais para o crescimento sustentável do país.
LCIs e CRIs continuam em alta
De acordo com dados da Anbima, as LCIs cresceram 43,1% no primeiro semestre de 2025, alcançando R$17,3 bilhões, enquanto os CRIs subiram 9,6%, somando R$10,1 bilhões.
Mesmo com o recuo dos CRAs (-4%), o segmento de crédito atrelado ao agro e ao setor imobiliário continua sendo um dos preferidos pelos investidores.
Na Bolsa de Valores, o volume de LCIs e LCAs registradas saltou mais de 20% no período, somando juntos R$1 trilhão. Esse crescimento mostra como a renda fixa segue como aposta sólida em meio ao cenário fiscal incerto.
Com juros ainda em níveis elevados e o governo estudando alternativas para o ajuste fiscal, o mercado deve permanecer atento a novas propostas de tributação.
Por outro lado, a manutenção da isenção garante previsibilidade e mantém o interesse dos investidores, especialmente em produtos lastreados em imóveis e no agronegócio.
Para quem atua no setor imobiliário, o resultado é direto: mais recursos disponíveis para crédito, financiamento e desenvolvimento de projetos.
Enquanto isso, investidores de todos os perfis encontram nesses títulos uma combinação rara de segurança e rentabilidade.
Comprador sem as chaves ainda precisa pagar condomínio, decide STJ
Se você compra imóveis na planta ou em fase final de entrega, vale a pena prestar atenção nessa notícia.
Agora, o comprador que já consta como proprietário na matrícula do imóvel passa a ser responsável pelas taxas de condomínio, mesmo que ainda não tenha recebido as chaves.
A decisão foi tomada pela 4ª Turma do STJ, que reafirmou o caráter propter rem das despesas condominiais, ou seja, uma obrigação ligada diretamente ao imóvel, e não à pessoa que o ocupa.
Isso significa que, a partir do momento em que o nome do comprador aparece na matrícula, ele é considerado condômino perante o condomínio e, portanto, deve arcar com os custos mensais.
O caso que originou a decisão
O processo começou após um condomínio cobrar cotas atrasadas de um casal que havia comprado um imóvel, mas ainda não tinha recebido as chaves.
Os compradores alegaram que não tinham posse do apartamento, nunca haviam morado lá e, por isso, não deveriam pagar as taxas.
Já o condomínio argumentou que, como o registro da propriedade já estava no nome dos compradores, eles eram os legítimos responsáveis pelos débitos, independentemente de terem ou não recebido as chaves.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) havia dado razão aos compradores, mas o STJ reformou a decisão.
E se as chaves não foram entregues?
O STJ reconheceu que a falta de entrega das chaves não isenta o comprador do pagamento do condomínio, mas abriu uma brecha:
Na prática, o condomínio não é afetado, já que ele pode cobrar diretamente o proprietário registrado.
Esse entendimento reforça a importância de acompanhar o cronograma de entrega do imóvel e manter atenção ao momento do registro em cartório, já que ele define responsabilidades financeiras.
Risco de bolha imobiliária em São Paulo é baixo, diz UBS

O UBS Global Real Estate Bubble Index 2025 revelou as 25 cidades ao redor do mundo com maior risco de bolha imobiliária.
Enquanto algumas capitais estão no topo da lista, com preços excessivos nos imóveis, São Paulo aparece como a cidade com menor probabilidade de bolha imobiliária.
Confira os principais destaques:
- Miami e Tóquio lideram a lista, com os preços mais elevados do ranking;
- Dubai e Madri são as cidades com o maior aumento no risco de bolha imobiliária;
- São Paulo segue em posição confortável, com os preços dos imóveis sendo estáveis desde 2022.
Segundo o relatório, o mercado imobiliário paulista continua sendo um exemplo de estabilidade.
Entre 2014 e 2022, os preços dos imóveis caíram cerca de 25%, e desde então, os valores se mantiveram praticamente estáveis, pressionados pelas taxas de hipoteca altas. Apesar disso, as vendas continuam fortes, sem grandes disparidades nos valores.
Além disso, segundo a UBS, na capital paulista, alugar ainda é mais barato do que comprar.
Os aluguéis subiram 5% no último ano, mas o aumento é considerado pequeno quando comparado ao valor dos imóveis.
Em algumas áreas mais procuradas, os aluguéis estão 25% acima dos níveis de 2022, refletindo uma alta demanda por imóveis para locação e uma baixa taxa de vacância nessas regiões.
Outro ponto que vale a atenção é que, apesar da inflação estar mais controlada, o Banco Central ainda não sinalizou cortes de juros.
Isso quer dizer que, enquanto as taxas de financiamento permanecerem altas, a expectativa é de que os preços dos imóveis não subam significativamente.
O que define o risco de bolha imobiliária?
A metodologia do UBS para calcular o risco de bolha imobiliária leva em conta fatores como:
- Relação preço/renda e preço/aluguel;
- Crescimento da relação hipotecas/PIB e construção/PIB;
- Diferença entre preços locais e preços nacionais.
São Paulo, por exemplo, ficou com risco negativo (-0,10), o que a coloca como uma das cidades mais estáveis.
No entanto, vale lembrar que o UBS não prevê quando ou se acontecerá uma correção, ele apenas aponta desvios em relação aos padrões históricos de bolhas.
Governo cria novo programa de crédito para reformas de até R$30 mil
O Ministério das Cidades anunciou a criação de um novo programa que vai financiar reformas e melhorias em moradias.
Inspirado no modelo do Minha Casa, Minha Vida, o programa oferece empréstimos de até R$30 mil, divididos em faixas de acordo com a renda familiar.
A novidade é viabilizada por R$40 bilhões do Fundo Social do pré-sal, que é abastecido pelos royalties do petróleo, e a expectativa é que o programa ajude muitas famílias de áreas urbanas a melhorar suas casas.
O financiamento estará disponível para famílias com renda de até R$ 9.600 por mês, dividindo-se em duas faixas: a "Faixa Melhoria 1", para quem ganha até R$ 3.200, e a "Faixa Melhoria 2", para quem recebe até R$ 9.600.
As condições são bem acessíveis, com juros que variam entre 1,17% e 1,95% ao mês, e o prazo de pagamento vai de 24 a 60 meses.
Os valores poderão ser usados para cobrir despesas com materiais de construção, mão de obra, elaboração de projetos técnicos, e até para a orientação técnica durante as obras.
Laranjeiras volta a ser destaque no mercado imobiliário carioca
O bairro Laranjeiras, que já é querido pelos cariocas, está atraindo olhares tanto de quem quer morar quanto de quem está investindo em imóveis.
Entre janeiro e agosto de 2025, as vendas na região alcançaram números bem próximos dos resultados de 2024 que, de longe, foram as melhores dos últimos anos.
E o mais interessante disso é que o preço do metro quadrado, que vinha caindo desde 2021, subiu consideravelmente neste ano, sinalizando que o mercado está aquecido e o bairro está se valorizando.
Depois de um período sem grandes lançamentos, Laranjeiras agora recebe novos empreendimentos residenciais, com destaque para o retrofit de prédios antigos.
Apostar nessa tendência, que nada mais é que a adaptação de imóveis antigos, têm se mostrado uma boa alternativa em áreas onde grandes terrenos são escassos.
Com suas ruas arborizadas e atmosfera familiar, Laranjeiras combina tradição com modernidade.
O bairro é estratégico, com fácil acesso ao Centro e outras áreas nobres, além de contar com um comércio forte e escolas renomadas.
Para quem deseja qualidade de vida, sem perder a proximidade com as facilidades da cidade, Laranjeiras continua sendo uma opção altamente desejada.
A renovação que está acontecendo no bairro, com novos empreendimentos que respeitam sua identidade, promete manter Laranjeiras como um dos lugares mais procurados da Zona Sul do Rio de Janeiro.
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